Certamente nunca houve um tempo com tanta vulnerabilidade como esse que estamos vivendo. Incertezas na saúde, na economia, no futuro… para onde olhamos vemos a vulnerabilidade nos encarando.
Então o título desse texto parece um pouco contraditório. Em meio a tanto caos, este é o melhor momento para sermos vulneráveis? A resposta é sim. Todos os momentos são ideais na verdade. A vulnerabilidade não é sinônimo de fraqueza, mas de honestidade com você e com todos ao redor.
Muitas são as dicas para todos de como conseguirem manter a sanidade mental nestes dias atuais, e ser vulnerável é uma delas. Como diz uma grande estudiosa sobre o assunto, Brené Brown: “A vulnerabilidade é a nossa medida mais precisa de coragem”. Então, permitir-se à exposição, permitir ser visto e ser imperfeito é um ato de coragem.
A pesquisadora ainda alerta para outros benefícios da vulnerabilidade. Ela é um berço para a inovação, criatividade e mudança. E não são essas as características tão necessárias para sairmos do cenário que nos encontramos hoje? Sim, a vulnerabilidade é o caminho. Ela desenvolve no ser humano a capacidade de adaptação e da empatia. Podemos errar como qualquer outra pessoa.
Olhando por essa perspectiva não é vergonha abrir um negócio e dar errado, se mudar para o exterior e ter que voltar, terminar um relacionamento, perder dinheiro na bolsa de valores, enfim, ter que recomeçar. Estar vulnerável é fantástico para se abrir às novas oportunidades. É tirar todas as máscaras e rótulos e ser alguém que pode errar.
Chegar aonde você já chegou não significa saber tudo, mas que acumulou experiências na vida que te levarão ainda mais adiante. Por isso não há problemas com a vulnerabilidade, ela nos conecta com o outro, num mesmo abraço, numa mesma dificuldade, dúvida ou anseio.
Não tenha vergonha de fracassar! A vida é mesmo como uma grande arena. Na melhor das hipóteses irá vencer, na pior irá perder, mas irá perder com grande ousadia. E não será o primeiro, nem o último a passar por isso.
A vergonha só é silenciada quando levantamos e dizemos para ela “eu vou fazer de novo”. Cale as vozes do “Você não é bom o bastante” ou “Quem você pensa que é?”
No meio dessa pandemia do Coronavírus que torcemos para que acabe o mais rápido possível, fica aqui um texto para chegue ao fim outra pandemia também, a da vergonha e falta de empatia.
Um texto apropriado para te encorajar a abraçar hoje (nem que seja virtualmente), oferecer sua atenção, ouvidos, um ombro amigo, ajudar alguém a recomeçar, a fazer tudo de novo, a se reerguer do zero, seja no comércio, nos negócios ou na vida. É certo que suas conversas mais profundas começaram com alguém confessando que não estava tudo bem, quando você perguntou “Está tudo bem?”.
Em um mundo onde não há espaço para a conexão, abra espaço você! E se precisar recomeçar conte com a Kontor.